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Os Caminhos Áridos da Alma

em Cotidiano
Tempo de leitura: 3 mins read
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*Por José Antônio Marini

“Somos todos Severinos iguais em tudo na vida […] E se somos Severinos iguais em tudo na vida, morremos de morte igual, mesma morte Severina […] Somos muitos Severinos iguais em tudo e na sina.” Essa fala nos remete ao inconsciente coletivo de Jung e, a partir dai, é quase impossível não sentirmos os Severinos que nos habitam, como alma na jornada de deixar a aridez pela busca da terra macia e feminina a ser arada, preparada mesmo para a semeadura e a expectativa da colheita.

A morte acompanha Severino durante toda sua jornada; muitas mortes “morridas” e também “matadas” por latifundiários que detém o controle para não entregarem terras para os Severinos cultivarem. O cansaço envolve Severino. Na verdade Severino veio acompanhando seu próprio enterro, entendendo isso ao chegar em seu destino. É clara a polarização nos ambientes, ou seja, ele sai da aridez total e chega em terras úmidas, mas o contexto de vida é o mesmo.

Em contato com Seu José, o carpinteiro, na palafita onde morava, Severino pergunta: “Que diferença faria se em vez de continuar tomasse a melhor saída: a de saltar, numa noite, fora da ponte e da vida?” Neste momento é anunciado o nascimento do filho de José. Todos festejam, mas surgem as interrogações do destino da criança, através de duas ciganas que fazem suas previsões.

A pergunta de Severino, parece, é respondida através da chegada do filho de José… […] “E não há melhor resposta que o espetáculo da vida: vê-la desfiar seu fio, que também se chama vida, ver a fábrica que ela mesma, teimosamente, se fabrica, vê-la brotar como há pouco em nova vida explodida; mesmo quando é assim pequena explosão , como a ocorrida; mesmo quando é uma explosão como a de há pouco, franzina; mesmo quando é a explosão de uma vida Severina.”

Muitas mortes são necessárias para acontecer o renascimento. Cabe a nós perguntarmos: “Quem são os latifundiários que nos habitam e que tolhem a ação de nossos Severinos para o cultivo de terra nova? Quem são as ciganas que nos habitam, entrando sempre em cena e fazendo suas previsões a cada sinal de renascimento (muitas vezes potencializando o medo)?

Muitos são os desafios dessa “vida severina”! Muitas são as perguntas sobre os por quês de tantas dores, assim como muitas são as dúvidas sobre o destino de cada um. Não temos as respostas de forma literal, mas, à medida que novas terras são cultivadas o novo serve de alimento para as inquietações da alma.

*Texto escrito por José Antônio Marini, baseado em palestra aberta realizada na Clínica Psiquê

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